As araucárias, árvores símbolo da Mantiqueira, desempenham um papel fundamental na vida de diversas espécies, especialmente do Grimpeiro (Leptasthenura setaria), uma ave que depende diretamente dessas árvores para alimentação, reprodução e abrigo, contudo a presença de espécies exóticas invasoras, como o Pinus (pínus), tem causado sérios problemas ambientais na região.
Assim como em outras áreas da Serra da Mantiqueira, no município de Extrema a contaminação biológica provocada pelo Pinus tem substituído as araucárias nativas, comprometendo a biodiversidade local e ameaçando espécies que dependem dessas árvores para sobreviver.
Essa situação preocupa o Clube de Observadores de Aves (COA), que defende a implementação de ações concretas para a preservação das espécies nativas e dentre as principais recomendações está a erradicação do Pinus na Serra do Lopo e o plantio de árvores nativas, especialmente araucárias.
A recuperação dessas áreas por meio do plantio de araucárias e outras espécies nativas é uma estratégia vital para reverter os efeitos da invasão do Pinus. Essa iniciativa reforça o compromisso de Extrema e da região com a conservação ambiental, promovendo um ecossistema mais saudável e sustentável.
O COA de Extrema reforça que a preservação das araucárias é uma responsabilidade conjunta entre o governo e toda a sociedade: “A esperança é que, por meio de ações de conscientização, manejo adequado e plantio de espécies nativas, possamos preservar esse símbolo da nossa região e assegurar um futuro mais sustentável para as próximas gerações”, afirmou um dos membros do Clube.
O intuito dessa conscientização é garantir a sobrevivência de espécies emblemáticas como o Grimpeiro, além de fortalecer a biodiversidade e o equilíbrio ecológico da Mantiqueira e de toda amada Extrema.