O município de Extrema está em negociações para sediar o primeiro datacenter de grande porte da região, onde a cidade disputa o investimento com localidades do interior de São Paulo, em um projeto estimado em R$ 27 bilhões. Caso a escolha se confirme, o empreendimento deve representar um marco para Extrema, ampliando e diversificando sua economia além do setor logístico.
De acordo com o gestor de Desenvolvimento da Indústria e Comércio de Extrema, Thiago Cardoso Pinto, representantes do negócio analisam terrenos de área entre 100 a 150 mil metros para iniciar as atividades. O projeto, segundo ele, está em fase de estudo de viabilidade e o próximo passo deve ser uma reunião com a Energisa para verificar a infraestrutura energética local.
Dentre os diferenciais, a localização geográfica, no corredor de importação e próxima a municípios estratégicos como Campinas, Santos e São Paulo, é considerada atrativa para investidores. Somado a isso, o município intensifica diretrizes de isenção fiscal para fomentar novos investimentos, além de ter benefícios no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), ajustes do Imposto Sobre Serviços (ISS) e taxa de licenciamento.
Além do datacenter, o gestor revelou que Extrema também estuda e negocia a implantação de outras 4 grandes empresas, todas com faturamento que ultrapassam R$ 1 bilhão. Os negócios estão nos segmentos de máquinas pesadas, indústria e comércio e material eletrônico: “Além de vantajoso para o Estado, pode ser uma grande oportunidade para o município. Apenas essas empresas podem gerar 1,5 mil postos de trabalho”, completa Thiago.
Ainda segundo informações apuradas, quase metade (48%) dos armazéns de e-commerce de Minas Gerais está localizada em Extrema, reforçando a relevância do segmento na cidade, além de conter empresas de peso, como a ID Logística, com 13 plantas instaladas, a DHL e o Mercado Livre – principal operador logístico da região. A presença dessas gigantes tem efeito direto na economia local, fomentando mais de 5,2 mil vagas de emprego – 75% delas efetivamente preenchidas.
FONTE: Diário do Comércio