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Após impasse nas negociações salariais, funcionários da empresa Fagor Ederlan entram em greve e paralisam atividades

Na manhã desta segunda-feira (13), os funcionários da empresa Fagor Ederlan, em Extrema, cruzaram os braços e iniciaram uma greve após o impasse nas negociações salariais, que vinham sendo discutidas desde o último dia 5 de outubro, reivindicando melhores condições de trabalho e reajuste salarial digno.

De acordo com informações apuradas junto a funcionários e representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Extrema, Itapeva e Camanducaia (STIMEIC), a paralisação reflete a insatisfação geral com a proposta apresentada pela empresa, considerada insuficiente diante do aumento do custo de vida e da defasagem salarial acumulada.

Após a empresa apresentar à comissão de trabalhadores uma proposta de reajuste de 6,60%, composta por 5,10% de correção inflacionária e 1,50% de ganho real, foram realizadas assembleias nas entradas dos turnos A, B e C, nas quais os funcionários decidiram não aceitar a proposta, mantendo a reivindicação de 13% de reajuste: “A princípio chegamos a reduzir a proposta para 10%, porém a empresa pediu mais tempo para analisar, e, após dez dias de espera sem retorno, a categoria decidiu pela paralisação”, afirmou Alexandra Amaral, presidente do STIMEIC, que ainda acrescentou a informação de que o documento que declarava o Estado de Greve já havia sido protocolado no dia 3 de outubro.

Além do reajuste salarial, os trabalhadores reivindicam melhorias no vale-alimentação, no reconhecimento de funções e nas condições de trabalho, como aumento do benefício para R$ 1.000 mantendo a cesta básica; pagamento justo por feriados e domingos; revisão da escala 6×1; melhor qualidade das refeições; adicional de insalubridade para mecânicos; remuneração durante substituições; estabilidade à Comissão de Trabalhadores e manutenção do prêmio de assiduidade, mesmo em casos de pequenos atrasos ou apresentação de atestados médicos.

Representantes do Sindicato seguem acompanhando a greve junto com os trabalhadores e aguardando um retorno da empresa para garantir avanços concretos nas negociações, contudo, até o fechamento desta matéria, a empresa ainda não tinha se manifestado publicamente.

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