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Beija-flor de topete verde: uma joia da Mantiqueira que encanta Extrema e que é monitorada pelo COA há mais de uma década

Situada na Serra do Lopo, em Extrema, a Mantiqueira sedia uma das joias da avifauna brasileira: o pequeno e colorido beija-flor-de-topete-verde, que tem sido monitorado pelo COA (Clube de Observadores de Aves) de Extrema desde fevereiro de 2011.

No Brasil, a espécie sobrevoa apenas na região Sudeste, habitando áreas subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude, enquanto na Serra do Lopo o pássaro costuma ser avistado acima de 1.400 metros de altitude, onde a principal fonte de alimento é o néctar das flores brinco-de-princesa, abundantes no local.

Pela proximidade com São Paulo, o município de Extrema desponta como uma das melhores localidades para observar a espécie, onde a presença do beija-flor-de-topete-verde na Mantiqueira está associada a habitats de altitude, com vegetação nativa que oferece abrigo, nidificação e fontes de alimento ao longo do ano. Em áreas como a Serra do Lopo, a espécie pode formar pequenos grupos durante determinadas estações, especialmente quando as flores estão em plena floração.

Entre as ameaças que afetam o beija-flor-de-topete-verde na região destacam-se os incêndios criminosos que vêm ocorrendo nos últimos anos, além da fragmentação do habitat, mudanças climáticas e pressões turísticas que podem impactar a disponibilidade de néctar e abrigo para a espécie: “O COA defende maior fiscalização em toda a Serra para evitar a caça, o uso de trilhas em áreas de preservação para prática de motocross e, principalmente, os incêndios”, afirmou um dos membros do grupo de observadores.

MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA

As medidas de conservação e participação comunitária incluem o fortalecimento da fiscalização e da proteção ambiental; o desenvolvimento de iniciativas de educação ambiental, com ações locais de sensibilização voltadas a visitantes e moradores, destacando a importância da Serra da Mantiqueira e de sua rica biodiversidade e por fim, o monitoramento contínuo das espécies, registrando dados da avifauna e promovendo encontros de observação abertos tanto a amadores quanto a especialistas, ações estas que já são mantidas pelo COA em Extrema.

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