Meio Ambiente

Clube de Observadores de Aves destaca importância da preservação dos brejos para a garantia de um futuro sustentável da fauna e flora de Extrema

Situada no bioma Mata Atlântica, a cidade de Extrema é parte de um mosaico natural rico em diversas fitofisionomias e quando falamos de um bioma, estamos tratando de um domínio natural formado por várias formações vegetais e entre todos os ecossistemas, os brejos se destacam em Extrema, no qual atuam como ‘esponjas naturais’, prevenindo enchentes, recarregando aquíferos, filtrando poluentes e preservando a qualidade da água, sendo fundamentais para a biodiversidade regulação do clima.

O Clube de Observadores de Aves (COA) de Extrema, que monitora as aves do município há mais de 10 anos, reforçando a urgência da conservação dos brejos, já que existem espécies de aves que dependem exclusivamente desses ambientes para sobrevivência, encontrando ali alimento, abrigo e locais de nidificação.

Alguns episódios do passado já sinalizam os riscos: duas espécies de aves já registradas em Extrema: tesoura-do-brejo (último registro em 2011) e tico-tico-do-banhado (último registro em 2014), possivelmente já não ocorrem mais no município, acentuando a necessidade de ações urgentes de preservação.

A reportagem destaca ainda a ave de canto rouco ‘sanã-vermelha’, uma espécie que se alimenta principalmente de invertebrados como larvas, besouros e minhocas e que serve também como indicador da integridade desses ecossistemas tão sensíveis.

Extrema hoje é referência nacional na restauração ambiental, impulsionada pelo Projeto Conservador das Águas e a prática do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) aos proprietários de terra. O COA propõe ampliar o Conservador para incluir os brejos nos projetos de conservação e nos pagamentos por serviços ambientais prestados, reconhecendo assim o conjunto de benefícios que esses ecossistemas trazem para a cidade.

CHAMADO À AÇÃO

O objetivo do COA agora é fortalecer a proteção dos brejos contra aterros, queimadas, pisoteio pelo gado e invasão de espécies exóticas como braquiária e lírio do brejo, além de ampliar programas de restauração e monitoramento com apoio do PSA, assegurando que proprietários rurais recebam compensação por serviços ambientais.

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